Quanto
vale o meu imóvel?
O
mercado imobiliário está em plena expansão, isto não é novidade.
A
pergunta é: qual a real dimensão deste “Boom Imobiliário”?
O
crescimento acelerado da economia e dos financiamentos habitacionais, a alta
demanda e o aumento do poder aquisitivo das classes “B” e C” são fatores que
impulsionaram o setor da construção civil. Na carona deste crescimento, o
aumento real dos preços dos materiais de construção e a escassez da mão-de-obra
especializada, são alguns dos vilões da alta dos preços dos imóveis.
Em
Porto Alegre, a geografia da cidade dá certa peculiaridade aos seus bairros,
por suas características diversificadas, tais como: morros, baixadas e a orla
do Guaíba, praças e parques, estrutura viária em crescimento e um sistema de
transporte coletivo caracterizado por corredores exclusivos. Sem dúvida uma
cidade atraente para se viver. São estas características, entre outras, que
dimensionam o valor do m² por região e que se diferenciam muito, não vou nem
entrar na questão do padrão de construção, benfeitorias, etc..
Quando
o consumidor almeja determinado imóvel, vai em busca de um ideal
pré-estabelecido pelo seu poder de endividamento. Busca, preço, conforto,
localização e infraestrutura. Depara-se com o valor do m² acima das suas expectativas
e em casos de financiamentos, uma prestação e prazo superiores aos imaginados
inicialmente. É verdade sim, um imóvel novo custa caro.
Na
hora da venda do imóvel usado, na maioria das vezes, sem parâmetros definidos
conforme a realidade mercadológica. Como visto anteriormente, diversificada
pelas características peculiares da cidade, o valor estabelecido para venda,
também acaba sendo supervalorizado. Sem a preocupação com fatores de
depreciação do bem imóvel, localização e infraestrutura, faz-se uma comparação
com o valor dos imóveis novos, distorcida da realidade. Todos estes fatores nos
levam a acreditar que os imóveis usados também são caros. Então à pergunta:
Quanto
vale meu imóvel?
Daí
a importância do avaliador de imóveis e ou corretor imobiliário. São estes
profissionais que estão capacitados para dimensionar o valor dos imóveis, estão
ambientados com o mercado imobiliário e suas variáveis.
Recentemente
os bancos, amparados pelo Governo Federal começaram a praticar taxas de juros
mais baixas impulsionando ainda mais a procura pelo financiamento habitacional.
Parece contraditório, esperar uma queda nos valores quando aumenta a demanda.
Acontece que o consumidor está mais exigente e informado e quando ela sai à
procura de um imóvel, seja novo ou usado, ele sabe bem o que quer, como quer e
quais são suas condições. Minha opinião é que, apesar do mercado apresentar um
grande déficit habitacional , estes fatores poderão forçar uma queda nos
valores dos imóveis, pois, uma postura mais controlada do consumidor poderá contribuir
para frear esta crescente supervalorização do bem imóvel.
Carlos
Cesar de Carvalho
Corretor
Imobiliário
Creci:
41.399
carvalho.consultor.imob@gmail.com
ccarvalhoc3.blogspot.com